Se de facto tivesse dormido.
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terça-feira, 7 de julho de 2009
domingo, 5 de julho de 2009
Amor em Tempos de Cólera.
Fermina Daza estava na cozinha a provar a sopa do jantar quando ouviu o grito horrorizado de Digna Pardo e o alvoroço da criadagem e logo o da vizinhança.
Atirou a colher para o lado e tentou correr como podia com o invencível peso da sua idade, aos gritos como uma louca sem saber ainda o que é que se passava sob os ramos da mangueira, e o coração partiu-se-lhe ao ver o seu homem estendido ao comprido na lama, já morto em vida, mas resistindo ainda um último minuto ao golpe final da morte para dar-lhe tempo a chegar.
Chegou a reconhecê-la no meio da confusão, através das lágrimas da dor única de morrer sem ela, olhou-a pela última vez para todo o sempre, com os olhos mais luminosos, mais tristes e mais agradecidos que ela jamais lhe vira em meio século de vida em comum, conseguindo dizer-lhe com o último suspiro:

Atirou a colher para o lado e tentou correr como podia com o invencível peso da sua idade, aos gritos como uma louca sem saber ainda o que é que se passava sob os ramos da mangueira, e o coração partiu-se-lhe ao ver o seu homem estendido ao comprido na lama, já morto em vida, mas resistindo ainda um último minuto ao golpe final da morte para dar-lhe tempo a chegar.
Chegou a reconhecê-la no meio da confusão, através das lágrimas da dor única de morrer sem ela, olhou-a pela última vez para todo o sempre, com os olhos mais luminosos, mais tristes e mais agradecidos que ela jamais lhe vira em meio século de vida em comum, conseguindo dizer-lhe com o último suspiro:

Só Deus sabe quanto te amei.
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