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sexta-feira, 10 de julho de 2009

Gatas e mudanças. Ou nem por isso.

Os gatos acordam cedo. Certo e sabido.
Estas também.
De forma escandalosamente óbvia.
Gasosas acha por bem correr móveis e paredes assim que o sol raia pela janela.
Ainda bem para ela.
Para mim nem por isso.
Bani Tsunami, ciente que é hora de lhe cederem um contributo para a gamela, vem dar patadinhas no meu nariz. Às vezes com a unhaca de fora. Mas levemente.
Ou então vem espirrar os seus vírus felinos para a minha cara. Repetidamente.
Ainda bem para ela também.
E para mim, também nem por isso.
Fora isto, passam a noite deitadas em cima de mim, ou uma de cada lado, qualquer uma das modalidades impedindo-me de me mexer a noite toda.
Obviamente, alguém sai a perder desta história toda.
Eu.
Felizmente para mim, sou também a única que se pode queixar verbalmente disso.
De qualquer das formas, há progressos a apontar.
Bani Tsunami, provavelmente por agora lhe dar comidinha para felinos badochas, com menos gordurinha, consegue aguentar a porra da Purina dentro do estômago. É que aquilo é mais carote que os vulgares Friskies, ou aquelas mistelas de marca própria que nem se sabe o que tem dentro, e a sôdôna, volta e meia, cuspia tudo cá para fora. Um desperdício, o que era!
Gasosas Pestilenta, aparentemente, parece curada da maleita que a afligia e que a obrigava a estraçalhar-me tudo quanto era rolo de papel lá de casa.
Os da cozinha não eram excepção. Para a posteridade, ficou gravado na minha memória o dia em que coloquei um rolo novo e daí a 20 minutos, quando voltei a casa, já estava ele todo – todo, todinho, completo, totalmente! – espalhado no chão da cozinha.
Felizmente, o Sr O Meu Destino é o Mundo e Eu sou um Tótó nem deu por ela, o que quer dizer que já passei o primeiro teste para entrar para a equipa da Missão Impossível: eliminar pistas. Mas sem o Tom Cruise, please! Sou incapaz de respeitar um homem mais baixo do que eu.

De qualquer das formas, prefiro não deixar os rolos muito à vista. É para não a tentar…


sexta-feira, 3 de julho de 2009

Home is where the cat is!

Cá está.
Primeira noite.
Só nós as três.
Sem marido.
Ficou para trás.
Bem, podia ter ficado mais para trás ainda, em vez de andar a agastar-me o que ainda me restava da sanidade lá por casa, ao mesmo tempo que andava a arrastar a asa e a trocar mimos com uma ex-melhor amiga minha.
E agora ex-mulher do ex-melhor amigo dele.
Eu não devia ter contado isto.
A sério.
Vai deixar o vosso cérebro verdadeiramente confuso.
Enfim, para trás.
Finalmente.
Olhando para este espaço todo, e sentindo o vazio ecoar por entre estas divisões desconhecidas que enchemos de coisas familiares, digo: “Acho que, agora, é que chegámos a casa, meninas!”


sábado, 27 de junho de 2009

UMA MIÚDA E DUAS GATAS – SINOPSE

Um apartamento. Uma miúda. Duas gatas.
A definição mais aproximada da palavra “caos”.
No meio disto?
Rolos de papel de cozinha novos completamente espalhados pelo chão desta enquanto o Chifrudo coça a orelha. Uma veneração quase religiosa à Purina. Uma atracção fatal por tudo o que tenha asinhas e voe em rodopios por qualquer lado lá em casa.
É o mais habitual.
De momento, ainda não.
Elas estão no antigo poiso, sob os cuidados um pouco desleixados (agora que tem outros entreténs) do Sr. Dupla Personalidade. O meu ex-marido.
Eu estou no limbo. A casa dos meus avós. Por pouco tempo, graças aos céus.
A minha prioridade foi arranjar um lugar como deve ser para ficar. Permanentemente. Eu e elas.
Devo ter sido a única pessoa a recusar um apartamento com uma vista fantástica, uma sala de sonho e acessos facilitados porque a varanda de 6º andar não me inspirava confiança. Ou um r/c antigo adorável, com um pequeno quintal para as minhas plantinhas num largo sossegado, porque vi um gato vadio de estilo John Travolta no Grease a cagar num vaso lá atrás e a galar-me com uma expressão de “Eh lá, esta tem ar de gostar de gatos! Vai trazer sangue fresquinho para o bairro!”
Encontrei o apartamento perfeito, a meu ver.
Perto de tudo, mas numa praceta sossegada. Casa de banho com janela, e um tamanho normal. Cozinha onde cabe uma mesa. Varanda enorme, fechada, mas cheia de sol, para instalar o Templo das gatas, e onde basta virar o cadeirão para estarem a tarde toda a ver a vista. Para o castelo. A dois minutos do centro. A pé. Perfeito, perfeito.

Gasosas Pestilenta à vossa esquerda, Bani Tsunami à vossa direita. Não consegui imagem do John Travolta a mijar no vaso.