terça-feira, 4 de agosto de 2009

Hoje.

Acordei de madrugada, outra vez.
Ainda nem são duas horas.
Pode ter sido do café.
Mas é provável que não.
Não consigo deixar de pensar.
Não o quero fazer, porém.
Porque é que insisto em querer gostar tanto dele, se fez coisas que me fazem sofrer tanto, e ter raiva dele?
Penso que, a esta hora, provavelmente, fez amor com ela, e agora dorme abraçado a ela.
Uma coisa dessas era o que eu queria para mim.
Mas não.
Para mim a solidão.
Para sempre.
O frio. O silêncio. A falta. O vazio.
Queria tudo isso, de verdade.
Mas não consigo entregar-me a um estranho, e todos para mim são estranhos agora.
E, sem sombra de dúvida, não quero conhecer ninguém.
E também não o quero a ele.
Por isso, a solidão. Até ao fim.
Vai custar tanto!
Mas não há outra maneira.
O fim da história.
Para eles, o “foram felizes para sempre”.
Para mim, o Nada.


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